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Assim como todos os que estão envolvidos com o assunto “Educação”, tenho estudado, pensado, refletido, analisado, principalmente e acima de tudo observado os comportamentos e os direcionamentos dados com relação às aulas online, ou remotas… como queiram.
Minha primeira impressão desde que as aulas foram suspensas, confirmando o que há muito tempo eu já vinha dizendo… as escolas precisam construir novos rumos e caminhos… não de como fazer, mas, para quê fazer.
Eu vejo os dois lados, acompanhando alunos e famílias que passam por dificuldades de adaptação à nova rotina de aulas e trabalho a distancia, e os professores e profissionais da educação, que também se reorganizam para oferecerem serviços adequados à nova estrutura.
Teoricamente, muito tem se falado, mostrado e argumentado, mas, na prática, no cotidiano existem elementos que não são fáceis de mudar ou de se conduzir por novos caminhos.
Essa dificuldade não se apresenta somente na área educacional, mas, no ser humano como um todo.
Como qualquer situação de adaptação e reordenamento de hábitos e processos, passamos por fases características, sempre buscando de alguma forma, evitar o novo, o desconhecido, aquilo que não sabemos se poderá causar mais dor ou prazer.
A opção sempre, como em uma engrenagem que já está pronta, é que tudo permaneça como sempre esteve, assim cada peça da engrenagem continuará cumprindo seu papel e função para a ordem já estabelecida.
E aí está o nosso “problema”, como resolver o problema das aulas online, tanto para quem as oferece como para quem participa delas.
O mundo tecnológico não vai parar de evoluir, não vai voltar atrás, e as opções são muitas e com capacidade de experiências cada vez mais sensitivas e certeiras.
O ponto vulnerável, portanto é o humano.
Ser Humano é ter emoções, sentimentos, memória afetiva e capacidade de escolha… esse é o ponto!! Isso é o que nos diferencia da inteligência animal e da inteligência artificial.
A figura do professor está justamente em ser o transmissor de conhecimento; do “seu” conhecimento. E, não apenas de informação, pois, o que há de humano na aprendizagem e desenvolvimento é a capacidade de troca, de superação de ideias e sentimentos.
Só iremos acomodar uma aprendizagem através daquilo que tivemos na relação social, na troca com o outro, naquilo que fomos afetados.

E é por isso que dizemos que somos aquilo que as pessoas que estão ao nosso lado também representam, ressonância de nosso próprio aprendizado, do nosso afeto. Não haverá macro mudanças ou mudanças por decreto. A construção será aos pares, nas comunidades de interesse, e a evolução se dará nas escolhas e responsabilidades para as consequências de cada uma.
Patrícia Soares
Psicologa CRP 11981/04

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